THE DELAGOA BAY COMPANY

Março 10, 2012

MÁRIO COLUNA: RADIOGRAFIA DE UMA ESTRELA, PELA FIFA

O lendário Bobby Carlton cumprimenta o Sr. Mário Coluna num jogo no Estádio de Wembley entre o Benfica e o Manchester United, 29 de Maio de 1968, a 5ª final da Liga dos Campeões Europeus segundo o meu amigo Jorge Figueiredo. O Manchester United venceu esta partida por 4 a 1.

Excelente texto copiado do sítio da Fifa, ligeiramente editado.

Dados de Base

Nome: Mário Esteves Coluna
Data de nascimento: 6 de agosto de 1935
Local: Inhaca, Maputo (Moçambique)
Posição: médio
Clubes: Grupo Desportivo Lourenço Marques (1951-54), Benfica (1954-1970), Olympique Lyon (1970-71), Estrela de Portalegre (treinador-jogador, 1971/72)

Presença na Seleção Portuguesa: 57 jogos (oito golos)

Palmarés
Jogador:
– Dez Campeonatos Portugueses (1954/55, 1956/57, 1959/60, 1960/61, 1962/63, 1963/64, 1964/65, 1966/67, 1967/68 e 1968/69)
– Seis Taças de Portugal (1954/55, 1956/57, 1958/59, 1961/62, 1963/64 e 1968/69)
– Duas Copa dos Campeões da UEFA (1960/61 and 1961/62)
– 3º lugar na Copa do Mundo da FIFA 1966

Outros

– Além do futebol, Mário Coluna foi praticante de boxe, basquetebol e atletismo, tendo sido recordista nacional de salto em altura, com uma marca de 1,82 metros
-Regressou a Moçambique, onde foi Ministro do Desporto e presidente da Federação Moçambicana de Futebol
– Foi o primeiro treinador de Rui Costa no Benfica, antes de o médio se tornar uma das grandes estrelas do futebol português
– Depois de uma passagem mal sucedida por França, acabou a carreira como jogador-treinador no Estrela de Portalegre, em 1971/72

Esboço biográfico

O Alto-Maé tem algo de especial. Foi nesse bairro de Lourenço Marques, actual Maputo, a capital de Moçambique, que nasceram grandes nomes do futebol como Matateu, Vicente e Hilário e também foi aí que cresceu um jovem chamado Mário Esteves Coluna, que se viria a tornar num dos melhores futebolistas portugueses de todos os tempos.

Filho de pai português e mãe moçambicana, o jovem Mário não demorou a mostrar grandes capacidades físicas e queda para o desporto. Em pequeno, era perito a trepar árvores para apanhar manga ou cajú e, por isso, ouvia muitas reprimendas do pai, antigo guarda-redes e um dos fundadores do Grupo Desportivo Lourenço Marques.

E foi no Desportivo que Coluna abraçou o desporto. No basquetebol não passou da equipa de reservas, mas surpreendeu no atletismo, tornando-se recordista nacional do salto em altura.

Porém, a glória estava guardada para dentro das quatro linhas, para um avançado que, ainda adolescente, chamou a atenção dos três grandes clubes portugueses.

Tinha sido impedido de jogar pelo Desportivo numa digressão à África do Sul, por causa das leis do apartheid, mas no duelo da segunda mão, em casa, vingou-se e marcou os sete golos da vitória da sua equipa. Nada mau para um miúdo de 17 anos. Tão bom que recebeu, pouco depois, uma proposta do Futebol Clube do Porto, seguindo-se o Sporting, que dobrou o valor da oferta. Mas a vontade do pai e o facto do Desportivo ser uma filial do Benfica, traçaram-lhe o destino. E que destino…

Em 1954, com 19 anos, chega a Lisboa depois de uma incrível viagem de avião que durou qualquer coisa como 34 horas e que o levou até ao Lar do Jogador do Benfica, onde ficavam a viver os jogadores que não tinham casa própria. Coluna não gostou e os primeiros tempos não foram fáceis.

Tinha chegado com rótulo de estrela, mas ainda demorou um pouco a convencer o então técnico do Benfica, Otto Glória. Afinal, para a posição de ponta-de-lança já existia José Águas, mas o treinador brasileiro viu mais longe. Percebeu as qualidades de passe e a forte presença em campo do jovem e apostou que Coluna poderia vir a ser um grande médio. Aposta mais que ganha.

A estreia com a camisola encarnada aconteceu num amigável com o Futebol Clube do Porto e, no primeiro jogo oficial para o campeonato português, o ainda adolescente mostrou para o que vinha. Marcou dois golos na goleada (5-0) contra o Setúbal, os primeiros de muitos que viria a assinar durante as 16 épocas consecutivas que representou a equipa lisboeta, pela qual fez 677 jogos e marcou 150 golos oficiais.

E se os números não dizem tudo, os títulos mostram bem o que Coluna conseguiu no Benfica.

Até 1954/55, o Sporting dominava o futebol português, mas nas 16 épocas que se seguiram o Benfica somou nada mais nada menos do que dez títulos nacionais e seis Taças de Portugal, além de atingir a glória europeia, com Coluna a marcar um dos golos na conquista da primeira Taça dos Campeões Europeus, em 1960/61, frente ao Barcelona.

Quando, no final de 1960, chegou a Lisboa mais um jovem vindo de Moçambique, já Coluna era uma das grandes figuras do Benfica campeão europeu. Esse jovem também era natural de Lourenço Marques e dava pelo nome de Eusébio da Silva Ferreira. Chegou à capital portuguesa jovem, tímido e com uma carta no bolso para entregar a Coluna.

Afinal, as famílias de Coluna e Eusébio conheciam-se de Lourenço Marques e a mãe do Pantera Negra, preocupada com o bem-estar do filho em Lisboa, escreveu a Coluna a pedir que olhasse pelo jovem Eusébio. Foi o que fez aquele que, até hoje, se considera o “padrinho” de uma dos maiores avançados de todos os tempos do futebol mundial.

Levou Eusébio a abrir a primeira conta num banco e, todos os meses, tratava das suas finanças até que o adolescente se tornou adulto e constituiu família. Juntos, dentro do campo, ajudaram o Benfica a conquistar o segundo título de campeão europeu.

Em 1961/62, a final da Taça dos Campeões Europeus colocou frente-a-frente o Benfica e o Real Madrid. Os espanhóis chegaram ao intervalo a vencer por 3-2, com três golos de Puskás, mas a reviravolta na segunda parte começou com um golo de Coluna, cabendo a Eusébio fazer o resto.

Aos 17 minutos do segundo tempo, o árbitro marcou uma grande penalidade a favor do Benfica e Coluna preparava-se para cobrar o castigo máximo quando ouviu a voz tímida de Eusébio: “Senhor Coluna, posso marcar o penálti?”. Assim mesmo, com a reverência do título de senhor, Coluna acedeu ao pedido e o Pantera Negra fez o 4-3, antes de bisar e fixar o resultado final em 5-3.

E no final desse jogo em Amesterdão, o jovem Eusébio tinha mais um favor a pedir ao “senhor Coluna”. Tímido, não teve coragem de pedir a camisola do seu grande ídolo Alfredo Dí Stefano e foi Coluna que se dirigiu ao hispano-argentino para pedir a camisola do Real Madrid que Eusébio guardou nos calções durante os festejos e que considera, até hoje, como um dos maiores troféus que conquistou no futebol.

Foi da base do Benfica bicampeão europeu – e que perdeu as três finais seguintes, sempre com Coluna como capitão – que se construiu a seleção portuguesa que viria a brilhar na Copa do Mundo da FIFA Inglaterra 1966. Germano era o capitão da equipa, mas como não era titular, a braçadeira foi entregue a Coluna que, em terras de Sua Majestade, mostrou a classe do costume no centro do terreno, ajudou Eusébio a sagrar-se o artilheiro da competição e levou Portugal ao terceiro lugar do Mundial, feito que ainda é, até hoje, o melhor da seleção das Quinas em Copas do Mundo.

Depois da epopeia inglesa, Coluna voltou para mais três épocas no Benfica, do qual se despediu em 1969/70 partindo para um ano ao serviço do Lyon. O regresso ao Estádio da Luz aconteceu em dezembro de 1970 para um jogo de homenagem frente a uma seleção mundial onde estavam nomes como Johan Cruyff e Bobby Moore, entre muitas outras vedetas. Alinhou 15 minutos com a camisola encarnada, saindo debaixo de uma enorme ovação. Estava previsto jogar alguns minutos pela outra equipa, mas recusou-se. Afinal, não conseguia defrontar o clube do coração.

Já era o Monstro Sagrado dos benfiquistas, o Didi Europeu como lhe chamavam os jornalistas brasileiros, ou, simplesmente, o Senhor Coluna como lhe chamava Eusébio.

(fim)

Março 8, 2012

DISCURSO DE TRÊS MINUTOS E MEIO DO SR MÁRIO WILSON, 2008

Vídeo gentilmente enviado para mim pelo insofismável Rogério Carreira.

Intervenção do Sr. Mário Wilson aquando do 108º aniversário do Sport Lisboa e Benfica, um clube de Lisboa.

Aqui se podem ver também Eusébio e o Sr. Mário Coluna.

 

 

Janeiro 3, 2012

A SELECÇÃO DE PORTUGAL DE 1966 E O INGREDIENTE MOÇAMBICANO

Foto do grande Vicente Lucas.

Grato aos nossos amigos que escreveram e ajudaram a colocar os nomes.

A Selecção Nacional de Portugal, 1966. De pé, da esquerda: Germano (Capitão), Jaime Graça, Festas, Hilário da Conceição, Vicente Lucas e José Pereira. De joelhos: José Augusto, Torres, Eusébio, Mário Coluna e Simões.

Outubro 24, 2011

JOGO DE HOMENAGEM AO SR. MÁRIO COLUNA, 1970

Filed under: 1970 anos, FUTEBOL MOÇAMBIQUE, Mário Coluna — ABM @ 2:37 pm

Setembro 6, 2011

O PORTUGAL-COREIA DO NORTE SEGUIDO EM MUECATE, 1966

A primeira fotografia é do arquivo de Rui de Campos, que gentilmente o disponibilizou. De realce a grande fotografia que o Tozé Costa Silva enviou do Jerónimo (amigo do meu pai) com o grande Hilário, O resto é meu ou veio da minha pesca internética.

Aqui evoca-se o mais famoso jogo de qualquer selecção de futebol portuguesa e provavelmente de qualquer jogo de um mundial. Provavelmente na mais moçambicana de todas as selecções portuguesas: os quartos-de-final do Campeonato Mundial de Futebol em 1966, em que a equipa portuguesa jogou contra a Coreia do Norte.

Ao fim da tarde daquele domingo, dia 23 de Julho de 1966, na pequena localidade de Muecate, em Moçambique, os pais do Rui de Campos, no centro, celebram com os amigos a inacreditável vitória de Portugal em Liverpool por 5 a 3 à Coreia do Norte, quando no intervalo o resultado era de 3-0 a favor dos norte-coreanos. Em Moçambique, o jogo foi seguido pela rádio e em ondas curtas pela Emissora Nacional.

Mário Coluna, o timoneiro da equipa.

Neste jogo, Eusébio marcou quatro dos cinco golos e assegurou a vitória sobre os norte-coreanos. Em Moçambique, foi uma loucura.

Mais sorte teve o pai Botelho de Melo, que foi a Inglaterra ver o Mundial de 1966 e que estava na audiência em Liverpool quando a equipa chefiada por Mário Coluna derrotou a selecção da Coreia do Norte naquele domingo há .... 45 anos. Aqui ele posa em Piccadilly Circus, no centro de Londres.

 

Jerónimo, um amigo do pai Melo de Moçambique e Joanesburgo, e o grande Hilário,, numa rua em Londres, durante o Mundial de 1966.

Maio 13, 2011

EUSÉBIO DA SILVA FERREIRA E MÁRIO COLUNA, ANOS 60

Os dois grandes do futebol moçambicano e português, anos 60.

Abril 3, 2011

ROGÉRIO CARREIRA, ARLINDO TAVARES E O MONSTRO SAGRADO, 2011

Fotos muito gentilmente enviadas por Rogério Carreira.

Aproveito para recordar o magnífico sítio de desporto Rogertutinegra, do Rogério, que é um tesouro de imagens, informações e recordações do desporto de moçambique.

Num recente almoço entre amigos, em Mem Martins, que incluíu, para além do Sr, Mário Coluna, o Rogério Carreira, Arlindo Tavares e família.

 

Arlindo Tavares, Sr, Mário Coluna, Rogério Carreira.

Rogério, creio que o filho do Sr. Tavares, o Sr. Mário Coluna e Arlindo Tavares.

MÁRIO COLUNA, LUIS LEMOS E CARLOS PINHÃO

Filed under: 1970 anos, FUTEBOL MOÇAMBIQUE, Mário Coluna — ABM @ 5:03 pm

Recorte de jornal de Luis Lemos.

Luis Lemos e Carlos Pinhão são jornalistas.

 

Na imagem, da esquerda, Luis Lemos, Carlos Pinhão e o Sr. Mário Coluna.

Março 25, 2011

COLUNA, EUSÉBIO, HILÁRIO E OS RAPAZES DO MUNDIAL DE 1966

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fevereiro 20, 2011

EUSÉBIO E COLUNA, 1968

Eusébio Ferreira da Silva e Mário Coluna, 1968.

A equipa de futebol do Sport Lisboa e Benfica, 1968.

Dezembro 26, 2010

A SELECÇÃO DE FUTEBOL DE PORTUGAL, 1966

Agradecido ao George Ribéro e ao João de Faria Lopes pelos nomes em baixo.


 

A equipa que colocou Portugal em 3º lugar no Campeonato Mundial de Futebol em 1966. O contingente moçambicano, liderado pelo Grande Mário Coluna, capitão da equipa, foi notório. Primeiro plano –  da esquerda para a direita: José Augusto, Torres, Eusébio, Coluna (capitão) e Simões. De pé –  da esquerda para a direita : Carvalho, José Carlos, Jaime Graça, Alexandre Baptista, Vicente Lucas e Hilário.

Setembro 7, 2010

ALBERTO DA COSTA PEREIRA

Costa Pereira, incomparável. Nasceu e cresceu em Nacala


Eusébio, Costa Pereira e Mário Coluna, os três Monstros Sagrados

Nome Completo: Alberto da Costa Pereira
Alcunha: O Costa dos Frangos
Nacionalidade: Portuguesa
Local de Nascimento: Nacala / Moçambique
Data de Nascimento: 23 de Dezembro de 1929 (Falecido a 25 de Outubro de 1990)
Posição: Guarda-Redes

FIM DA CARREIRA DE FUTEBOLISTA
1966/67 – S.L.Benfica – 6 Jogos / 4 Golos Sofridos
1965/66 – S.L.Benfica – 17 Jogos / 19 Golos Sofridos
1964/65 – S.L.Benfica – 23 Jogos / 17 Golos Sofridos
1963/64 – S.L.Benfica – 26 Jogos / 24 Golos Sofridos
1962/63 – S.L.Benfica – 26 Jogos / 25 Golos Sofridos
1961/62 – S.L.Benfica – 24 Jogos / 34 Golos Sofridos
1960/61 – S.L.Benfica – 24 Jogos / 21 Golos Sofridos
1959/60 – S.L.Benfica – 24 Jogos / 25 Golos Sofridos
1958/59 – S.L.Benfica – 25 Jogos / 19 Golos Sofridos
1957/58 – S.L.Benfica – 6 Jogos / 9 Golos Sofridos
1956/57 – S.L.Benfica – 0 Jogos / 0 Golos Sofridos
1955/56 – S.L.Benfica – 26 Jogos / 31 Golos Sofridos
1954/55 – S.L.Benfica – 26 Jogos / 19 Golos Sofridos

Outros clubes:
Sporting de Lourenço Marques, Instituto Portugal, Mocidade Portuguesa e Ferroviário de Lourenço Marques

Estreia: 12 de Setembro de 1954, no Jamor
(S.L.Benfica 5 – Vit. Setúbal 0) com Otto Glória

Último jogo: 13 de Março de 1967, em Coimbra
(S.L.Benfica 1 – Académica 0) com Fernando Riera

(fonte: http://vedetaoumarreta.blogspot.com/2007_09_01_archive.html)

EUSÉBIO, COSTA PEREIRA E COLUNA

Para mais detalhes sobre Costa Pereira, ver http://vedetaoumarreta.blogspot.com/2007_09_01_archive.html

 

Eusébio, Costa Pereira e Mário Coluna. Um trio dourado de Moçambique

 

Dezembro 26, 2009

MÁRIO COLUNA, EUSÉBIO, COSTA PEREIRA

Filed under: Costa Pereira, Eusébio da Silva Ferreira, Mário Coluna — ABM @ 8:05 pm

XX

Eusébio, Costa Pereira, Mário Coluna

Costa Pereira nasceu em Nacala

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