THE DELAGOA BAY COMPANY

Julho 18, 2022

MÁRIO WILSON, JOGADOR DE FUTEBOL E TREINADOR, 1949-50

Filed under: Mário Wilson — ABM @ 2:37 pm

Imagem retocada.

Mário Wison com 20 anos de idade, vestindo a camisola do Sporting de Portugal.

Segundo a Wikipédia de hoje, editado por mim:

Mário Wilson (Lourenço Marques, 17 de outubro de 1929 — Maputo, 3 de outubro de 2016), era filho de pai norte-americano e de mãe moçambicana.

Passou a sua infância e adolescência em Lourenço Marques, tendo inicialmente jogado pela equipa Os Fura Redes, dirigida pelos seus dois irmãos. Naquela época também praticou outras modalidades como atletismo, voleibol e basquetebol, o que era comum na Cidade. Depois jogou pelo Grupo Desportivo Lourenço Marques e brevemente pelo Clube Indo-Português.

Com 19 anos de idade chegou ao Sporting Club de Portugal, substituindo o goleador Fernando Peyroteo, um brilhante jogador angolano que havia terminado a carreira. No Sporting ganhou o campeonato nacional de 1950/51. Nas duas temporadas no clube fez 40 jogos e 38 golos. De 1951/52 até 1962/63 jogou pela Associação Académica de Coimbra (enquanto jogador-estudante formou-se em Geologia na Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra), onde mais tarde passou a jogar como defesa. Depois de 16 temporadas na primeira divisão com o clube, aposentou-se em 1963.

Pouco depois epois começou uma carreira como técnico, na Académica, com o clube sagrando-se vice-campeão na época 1966/1967, um êxito inédito na história do clube. Na mesma temporada, chegou à final da Taça em Lisboa, onde a sua equipa foi derrotada pelo Vitória de Setúbal por 3-2.

Na temporada 1975/76 destacou-se como o primeiro técnico português a ganhar o Campeonato Nacional com o Sport Lisboa e Benfica. ajudado pela dupla de avançados, Jordão, que marcou 30 golos, e Tamagnini Nené, com 29. No ano seguinte foi substituído pelo inglês John Mortimore.

Entre Setembro de 1978 e Março de 1980 comandou a selecção nacional de Portugal na campanha para a qualificação pela Campeonato Europeu, mas esse objectivo não foi alcançado, após uma derrota de 1-2 em casa com a Áustria.

Voltou algumas vezes ao comando do Benfica como “bombeiro de serviço” – ganhando a taça de 1979/80 e 1995/96 com As Águias.

Em 1979, Wilson substituiu Mortimer no Benfica. Numa época histórica do clube, que aprovou pela primeira vez em Assembleia Geral a utilização de jogadores estrangeiros. A contratação de Jorge Gomes ao Boavista constitui, assim, um marco de realce do clube. Ainda assim, o Benfica realizou uma temporada terrível, atenuada pela conquista da Taça de Portugal. Depois de orientar outros clubes, entre os quais o Estoril Praia, Mário Wilson retorna ao Benfica no catastrófico reinado de Artur Jorge, antigo avançado, que, curiosamente, chegou à luz pela mão de Mário Wilson. Com a inevitável saída de Artur Jorge, Mário Wilson assume uma equipa desfeita, conseguindo a vitória na Taça de Portugal, batendo o Sporting por 3-1.

A sua filha, Ana, foi Miss Portugal em 1982. O seu neto, Bruno Wilson, nascido em 1996, e que jogava nas equipas de formação do Sporting, actualmente joga na equipa B do Sporting de Braga.

Em maio de 2012 o Velho Capitão, como é carinhosamente conhecido Mário Wilson, apresentou a sua biografia Mário Wilson o velho capitão, da autoria de Carlos Rias.

Morreu a 3 de outubro de 2016, aos 86 anos.

Clubes como técnico:
1998/99: FC Alverca
1997/98: SL Benfica
1996/97: SL Benfica
1995/96: SL Benfica
1993/95: FAR Rabat
1990/91: RD Águeda
1989/90: SC Olhanense
1988/89: SC União Torreense
1988-88: Louletano DC
1986/88: Cova da Piedade
1985/86: Estoril Praia
1984/85: Boavista FC
1983/84: GD Estoril Praia
1980/83: Académica de Coimbra
1979/80: SL Benfica
1978/80: Portugal
1977/79: Vitória de Guimarães
1976/77: Boavista FC
1975/76: SL Benfica
1971/75: Vitória de Guimarães
1970/71: FC Tirsense
1968/70: CF Os Belenenses
1964/68: Académica de Coimbra

Outubro 30, 2019

NUNO MARTINS RECORDA MÁRIO WILSON E EUSÉBIO EM ENTREVISTA, 2016

Uma grande e memorável peça de Rui Miguel Tovar, uma entrevista a Nuno Martins (com 82 anos de idade em 2016), publicada n’O Observador em 27 de Outubro de 2016, donde extraí os seguintes excerptos.

O Sporting LM em 1960. Nuno Martins, entrevistado em 2016 por Rui Miguel Tovar, é o capitão da equipa, o segundo de pé a contar do lado esquerdo.

SOBRE MÁRIO WILSON (com quem Nuno Martins jogou na Académica de Coimbra nos anos 50)

Quem jogava nessa altura?
Na baliza, Orlando Carvalho Ramin. Na defesa, eu à direita, Melo à esquerda, Corina e Carola no meio.

Corina e Carola, isso são desenhos animados?
Eheheheheh. O Corina é o Mário Wilson, o Carola é o Mário Torres.

Mário Wilson. O Nuno jogou com o Mário Wilson?
Ai sim, sim. Muito. E bem.

Como era ele?
Metia a bola onde queria desde a defesa. E metia-a de uma maneira muito própria. Repare: toda a gente sabe que se nos inclinarmos muito para trás, a bola sai pelo ar, totalmente desgovernada. O Mário Wilson, não. Jogava quase sempre inclinado e as bolas saíam-lhe rasas, perfeitas para os extremos.

E como pessoa?
Era um companheirão. Discutia problemas que não lembram ao diabo, sempre bem-disposto, muito educado, vivo, cheio de humor. Os irmãos também estavam em Coimbra: o Guilherme Oliveira jogava nas reservas da Académica e o Henrique era basquetebolista, também da Académica.

MOÇAMBIQUE E EUSÉBIO

Uau, isso é memória RAM. Então, e depois da Académica?
Fui jogar para Moçambique. Fiquei encantado com aquela terra e quis ficar. De 1958 a 1964, fui jogador, capitão e treinador do Sporting de Lourenço Marques.

Ah, então foi assim que se cruzou com Eusébio?
Sim, vamos lá começar a conversa a sério [risos]. Num determinado dia, ou melhor noite. Naquela altura, os treinos eram das 19 horas até às 22, 22 e tal. Estava eu a trabalhar com os três guarda-redes com bolas medicinais quando me aparece um seccionista do Sporting, de seu nome Vigorosa, a dizer “Estão ali cinco rapazes que querem treinar e vir à experiência. Um deles, já o vi jogar e é muito bom, um miúdo com uma habilidade nata, um fora de série”. Àquela hora, não dava muito jeito mas eram miúdos e devemos sempre dar-lhes uma oportunidade. Ok, disse eu, que calcem umas sapatilhas e vamos observá-los. Aparece então um miúdo magrinho, de 16 anos, e espantou-me a sua voz de líder. Perguntei-lhe o porquê ter aparecido só àquela hora e ele responde-me: “Bem, fomos ali ao campo do Desportivo [conotado com o Benfica de Lisboa, devidamente simbolizado com a águia] e não nos deixaram entrar.”

Porquê?
O treinador de juniores do Desportivo era um senhor chamado Mário Romeu, funcionário da embaixada italiana em Lourenço Marques, e certamente já tinha acabado o treino. Ter-lhes-á dito “não, hoje já não há mais nada para ninguém.” E o Eusébio, juntamente com os seus quatro amigos, saiu do Desportivo e entrou pelo portão do Sporting, onde estava eu a treinar os guarda-redes.

E depois?
Eles, os cinco, treinaram comigo e com os três guarda-redes. Fizemos um campo improvisado e jogámos uma peladinha, onde percebi que o Eusébio tinha uma habilidade acima da média. Disse-lhe logo ‘tu ficas no Sporting, podes ser inscrito’ ao que ele respondeu imediatamente ‘inscrevo-me eu não, ou nos inscrevemos todos ou não se inscreve ninguém’. A tal firmeza na voz aos 16 anos. Isto é muito importante. Não é para todos. Eu então disse ao Vigorosa para os inscrever a todos.

Desculpa lá mas vou repetir-me: e depois?
Aos 17 anos, o Eusébio já era um jogador feito. Chamei-o ao meu gabinete e perguntei-lhe se queria mais uma época nos juniores ou se queria saltar já para as honras, que era como se chamavam os seniores. Ele respondeu-me na hora: ‘Quero ir para as Honras.’ Pronto, o resto é história.

Não, não. Conte lá algumas histórias do Eusébio.
Os primeiros jogos foram verdadeiramente empolgantes. Ele tocava na bola e levava tudo à frente. Era um fenómeno. Marcava golos, assistia os companheiros, fazia todo o tipo de diagonais.

Jogava a que posição?
Interior-esquerdo. Sempre. E sempre com o número 10. Tinha cá um pé esquerdo. Mais habilidoso e potente que o direito. Com o passar do tempo, habituou-se a jogar mais com o direito do que com o esquerdo e isso permitia-lhe fazer todas as diagonais possíveis e imaginárias. Lembro-me de uma dele.

Onde?
Numa viagem às Maurícias, pela seleção. Em Lourenço Marques, só havia pelados [campos sem relvado]. E nas Maurícias, o clima é marítimo, pelo que a relva era húmida. O Eusébio calçou umas chuteiras com pitons rasos e fez jogos extraordinários, sem cair uma única vez. Os locais estavam verdadeiramente espantados porque alguns deles ainda tropeçavam, escorregavam, caíam. O Eusébio não. Parecia um bailarino. E marcava golos. Na estreia pelo Sporting, ganhámos 4-1 e ele marcou logo um ou dois. A partir daí, começou a ser conhecido. E a lenda foi crescendo, crescendo, crescendo…

É aí que aparece o Sporting e o Benfica?
Não, não. Antes disso, há o Belenenses. Lembro-me perfeitamente que o Belenenses fez uma digressão por Moçambique e jogou com a seleção dos naturais. Quando chegou a Portugal, o mestre Otto Glória, treinador do Belenenses [e seleccionador de Portugal no Mundial-66], foi questionado pelos jornalistas portugueses sobre Eusébio, porque já se falava dele. Mas Otto Glória respondeu que “não, como Eusébio havia lá muitos.” Sinceramente, não percebi.

Terá Eusébio jogado mal nesse dia com o Belenenses?
Sim, não terá sido o Eusébio de sempre mas dizer que há muitos como ele… Essas reticências do Otto Glória fizeram com que o Sporting não apostasse logo no rapaz. Aliás, eu próprio, como treinador do Sporting de Lourenço Marques, recebi dois telefonemas do Sr. Fernando da Costa, chefe de departamento do Sporting Clube de Portugal, a perguntar-me se o Eusébio era, de facto, aquilo que se dizia na imprensa. Eu respondi sempre que sim, que o rapaz não enganava ninguém, mas do lado de lá disseram-me que ele não ia para o Sporting.

É aí que aparece o Benfica?
Antes de responder a isso, vou dizer-lhe uma coisa: um certo dia, estava eu a preparar-me para sair de casa em direção ao Campo João da Silva Pereira para mais um treino no Sporting, quando o Eusébio bate-me à porta. Foi lá despedir-se de mim, que já não iria treinar nessa quinta-feira. Até me lembro da frase dele: ‘Eu vou para o Puto’, como era conhecido Portugal. Eu questionei-o: ‘Mas então já assinaste, já falaste com a Direção” e ele respondeu-me ‘já, já’. E estava correto. A Direção estava ao corrente de tudo e o Eusébio desapareceu de cena. Antes disso, pedi-lhe uns minutos, fui a casa e ofereci-lhe um casaco-blazer que tinha comprado na África do Sul. Ele agradeceu e adeus.

E a teoria do rapto?
O que eu sei é que o Eusébio pernoitou na casa de um senhor chamado Vasco Machado, juntamente com o Major Rodrigues de Carvalho, que mais tarde acabou por ser Brigadeiro e Presidente da Assembleia Geral do Benfica. Ora o que se passou? Conta-se que esse Major foi à estação central dos Correios, Telégrafos e Telefones de Lourenço Marques, ao lado do Café Scala, na parte baixa da cidade, e emitiu dois telegramas. Um para o Sporting Clube de Portugal, a dizer “Eusébio segue navio motor, Príncipe Perfeito”. E outro para o Benfica. “Rute, segue avião hoje”. O que aconteceu? Enquanto o Sporting fez contas de cabeça sobre a viagem de barco, que atracava em Chelas, o Benfica foi buscar o Eusébio à Portela naquela noite de dezembro 1960. Nesse ano, fomos campeões.

Fomos, quem?
O Sporting de Lourenço Marques. Eu a capitão, o Eusébio a número 10.

Voltou a ver o Eusébio?
Sim, muitas vezes. Por exemplo, em 1963, quando o Sporting de Lourenço Marques ganhou o campeonato distrital, provincial e a eliminatória com o campeão de Angola, que lhe garantiu o direito de jogar a Taça de Portugal. E quem foi o nosso adversário? O Sporting Clube de Portugal. Viemos a Lisboa e fizemos os dois jogos. Perdemos o primeiro por 3-1, a ganhar 1-0 ao intervalo. Ficámos hospedados no Hotel Suíço Atlântico, junto ao Elevador de Santa Justa. E o Eusébio foi lá ter lá connosco, almoçar. Quem lá estava era o fotógrafo sr. António Capela, do “Record”. Por graça, vestimos o Eusébio com a camisola 10 do Sporting de Lourenço Marques e tirou-se uma fotografia. Eu aí disse-lhe ‘estás metido numa encrenca, se essa fotografia sai…’ e o Eusébio, já jogador feito e consagrado no Benfica, pediu então ao Capela para que a fotografia não fosse publicada. Dito e feito. Acordo de cavalheiros. Na segunda mão, outra vez em Alvalade, perdemos 4-2, mas esteve 2-1 e 3-2.

Nuno Martins em 2016. Foro de Pedro Azevedo, retocada.

Março 8, 2012

DISCURSO DE TRÊS MINUTOS E MEIO DO SR MÁRIO WILSON, 2008

Vídeo gentilmente enviado para mim pelo insofismável Rogério Carreira.

Intervenção do Sr. Mário Wilson aquando do 108º aniversário do Sport Lisboa e Benfica, um clube de Lisboa.

Aqui se podem ver também Eusébio e o Sr. Mário Coluna.

 

 

Outubro 24, 2011

NUNO MARTINS E MÁRIO WILSON EM COIMBRA, ANOS 50

Filed under: 1950 anos, FUTEBOL MOÇAMBIQUE, Mário Wilson, Nuno Martins — ABM @ 2:51 pm

Foto copiada do sítio A Academia dos Talentos, que contém uma excelente entrevista com Nuno Martins. No entanto voltei lá e não dou com ela…

Para ver a fotografia em tamanho máximo, prima na imagem duas vezes com o ponteiro do rato do computador.

Diz o Francisco Carvalho Domingues: “esta foto foi realizada no Campo de Santa Cruz, em Coimbra, o campo da Académica de Coimbra. A equipa fotografada deverá ser, por deduçaõ, da Briosa, e consigo identificar em pé, o 2º da direita, o Mário Wilson, e o 3º parece-me ser Curado. Esta foto deve situar-se entre 1949 e 1955”.

Junho 9, 2011

MÁRIO WILSON EM COIMBRA, 10 DE FEVEREIRO DE 1952

Filed under: 1950 anos, FUTEBOL MOÇAMBIQUE, Mário Wilson — ABM @ 12:36 am

Reproduzido com profunda vénia do sítio O Cavalinho Selvagem, néctar para os aficionados da Associação Académica de Coimbra, e que tem esta jóia lá escondida no meio, do tamanho de um sêlo.

Aqui fica um pouco maior, E se o exmo. Leitor premir duas vezes com o rato na fotografia, ainda fica maior. Mário Wilson merece. E curado. E Melo. Três grandes defesas da Académica, diz-se lá no Cavalinho.

Curado, Mário Wilson e Melo, na Académica de Coimbra, dia 10 de Fevereiro de 1952.

Janeiro 25, 2011

A EQUIPA DE FUTEBOL DO DESPORTIVO LM, ANOS 40, COM MÁRIO WILSON

A equipa de futebol do Desportivo LM nos anos 40. Mário Wilson era um dos jogadores. Faltam os nomes do resto do plantel.

Outubro 17, 2010

MÁRIO WILSON COM 81 ANOS ESTE DOMINGO

Filed under: 2010 anos, Mário Wilson — ABM @ 11:48 pm

O grande Mário Wilson

com vénia para a Bola e Carlos Rias, que escreveu o texto que se segue.

Mário Wilson faz hoje [domingo, 17 de Outubro de 2010] 81 anos de idade. O Velho Capitão continua a ser uma figura incontornável do futebol português e, muito em especial, do futebol da Académica e do Benfica.

Nascido em Moçambique (Lourenço Marques, agora Maputo e capital deste país africano) no ano de 1929, Mário Wilson foi contratado ao Desportivo local para substituir Peyroteo na equipa do Sporting, então figura principal dos famosos cinco violinos.

Mário Wilson jogou duas épocas de verde e branco, foi campeão nacional na época de 1950/51 ao serviço dos leões, mas partiu para Coimbra e para a Académica, onde veio a brilhar como jogador e, depois, como treinador.

Com a camisola dos estudantes e na posição de defesa-central jogou de 1951/52 a 1962/63, enveredando pela carreira de treinador ao comando da equipa de Coimbra na época de 1964/65 e substituindo José Maria Pedroto, treinador com quem veio a rivalizar na conhecida luta norte-sul, que marcou e ainda marca o futebol português.

Antes, Mário Wilson, ainda no activo como atleta, já fora treinador-adjunto do mestre Cândido de Oliveira, de Biri e do próprio Pedroto.

Com o 2º lugar conquistado pela Académica na época de 66/67, após luta acesa com o campeão da época, o Benfica, o Velho Capitão deixou, em definitivo, o seu nome bordado a ouro no historial do clube dos estudantes.

Depois de Coimbra, e já treinador de reconhecida valia, Mário Wilson treina alguns clubes importantes do nosso futebol, como Belenenses, V. Guimarães e Boavista, mas é no Benfica, onde chega em 1975, para render o inglês John Mortimore, que atinge o ponto mais alto da sua imensa carreira de treinador, sagrando-se campeão nacional e deixando, por sua vontade, o cargo de treinador dos encarnados.

Mário Wilson tinha conseguido, com o emblema das águias, ser o primeiro treinador português a chegar ao título no Benfica.

No seu currículo o antigo treinador teve uma passagem em 1978 como seleccionador nacional e regressa à Luz e ao Benfica na época de 1979/80, conquistando a Taça de Portugal.

Mais tarde, e depois de ter conhecido um período negro na sua vida de treinador, ao ponto de ter de emigrar e treinar o FAR de Marrocos, Mário Wilson regressa ao Benfica para trabalhar ao lado de Artur Jorge.

Com a saída de Artur Jorge do clube da Luz, o Velho Capitão passa a liderar a equipa e volta a vencer a Taça de Portugal. Aliás, Mário Wilson ficou conhecido entre os benfiquistas como um verdadeiro pronto-socorro, o bombeiro de serviço, sempre disponível quando o Benfica precisava dos seus serviços.

A carreira do Velho Capitão foi longa. Contabilizou 44 épocas como treinador e 986 jogos. Terminou o seu percurso na época de 1998/99, ao serviço do Alverca. Para sempre, como faz questão de dizer publicamente, o futebol deixou-lhe dois amores eternos: o Benfica e a Académica.

Aqui na Casa desejamos ao Sr. Mário Wilson saúde, dinheiro, amor e uma longa vida.

Janeiro 22, 2010

MÁRIO WILSON

Filed under: Mário Wilson — ABM @ 9:10 am

Referência obrigatória. Um dos grandes do futebol de Moçambique, que fez carreira em Portugal.

Mário Wilson, no Sporting Club de Portugal

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