Imagens retocadas. Grato ao CA pelo envio de informações.
Faleceu há cerca de dois dias no Brasil, o piloto e antigo pára-quedista de Moçambique, Fernando Dionísio. Foi um popular instrutor de pára-quedismo e deixou em luto a pequena comunidade de pára-quedismo da era antes da independência.
A causa foi um AVC.
Fernando Manuel de Carvalho Dionísio era natural de Inhambane e cresceu em Moçambique, onde cumpriu serviço militar como comando. Tirou o brevet e era pára-quedista e instrutor (civil). Num acidente automóvel, perdeu a primeira mulher e a filha, tragédia que só dificilmente superou. Mais tarde voltou a casar com a Maria João. Eventualmente saiu de Moçambique e trabalhou como piloto penso que em Portugal e no Brasil.
O Paraquedismo no Aeroclube de Moçambique
O Eng. Valter Carmelo foi o fundador da Secção de Paraquedismo do Aeroclube de Moçambique.
Em 13 de Março de 1969, iniciam-se os saltos do 1º curso em Lourenço Marques, sendo também instrutor Albano de Carvalho.
Nesse mesmo ano, em Agosto, registam-se os primeiros saltos em queda livre.
A partir daí, surgiram os demais pilares do paraquedismo do ACM – Fernando Dionísio, Flávio Carmelo e Roberto Velosa.
Tal equipa formou jovens que tornaram a modalidade mais movimentada – Rui Bragança, Carlos Bôtto, Carlos Abrantes, os irmãos Pacheco (Carlitos, Zé e Victor), Carlos Silveira, José Teixeira, Camilo Antão…
A qualidade de instrução da ainda jovem escola de Lourenço Marques permitiu alcançar em 28 de Maio de 1975 um notável feito – Fernando Dionísio, Flávio Carmelo, Carlos Abrantes, Carlos Pacheco, Carlos Silveira, Avelar de Sousa e Ledo, batem um recorde: a maior estrela até aí conseguida em todo o Portugal de então…
À sua família e amigos, apresento as condolências.