Recorte da colecção de Suzana Abreu Barros, gentilmente cedido, retocado.
Há aqui também a notícia da realização da Taça Cidade de Lourenço Marques, em hóquei em patins, no campo Engenheiro Freitas e Costa (não estou a ver onde é).
Imagens retocadas.
De um texto da Wikipédia, que editei (pois a versão original é um susto):
Fernando Amaral Adrião (Lisboa, 9 de Março de 1939 — 11 de Janeiro de 2006) foi uma figura de referência no hóquei em patins mundial.
Nascido em Lisboa, em 1943, com 4 anos de idade, acompanhou os pais, que foram viver para Moçambique, onde cresceu e viria a desenvolveu a sua actividade desportiva e profissional.
Em termos desportivos, em 1955, com 16 anos de idade, foi convocado para integrar pela primeira vez a selecção nacional de hóquei em patins, participando no Campeonato da Europa, disputado em Espanha. Em 1959, sagrou-se, também pela primeira vez, campeão do mundo em representação da selecção portuguesa. Repetiu em 1960 e 1962, mantendo sempre a resiência em Moçambique. Foi campeão do mundo por mais duas vezes, em 1968 e 1974.
Participou como jogador nas selecções nacionais de Portugal e de Moçambique (independente).
Além dos campeonatos mundiais, conta no seu palmarés com cinco vitórias na Taça Latina, cinco vitórias no Torneio de Montreux, e três títulos de campeão europeu (1959, 1961 e 1965).
Profissionalmente, fez carreira no negócio do tabaco, ascendendo ao cargo de director da Tabaqueira em Lourenço Marques. Em 1980, cinco anos após a Debandada, rumou a Portugal, onde foi integrado nos quadros da Tabaqueira EP (donde deduzo que ficou uns anos como “cooperante”).
Já em Portugal, Fernando Adrião manteve-se ligado à modalidade como técnico dos séniores do Cascais e, em 1998, foi considerado pela Confederação Argentina de Hóquei como o melhor jogador mundial de sempre. Foi distinguido com a medalha de Mérito Desportivo (1960) e medalha de Honra do Mérito Desportivo (1999).
Imagens retocadas.
Vários órgãos de imprensa noticiaram o falecimento, no dia 22 de Setembro de 2023, de Alberto Moreira, que fez parte de um grupo de jogadores de hóquei em patins em Lourenço Marques que chegaram a ser campeões de Portugal e do Mundo. Tinha 87 anos de idade e vivia em Lisboa.
Jorge Martins, do Fora de Jogo, descreveu assim Alberto Moreira:
Alberto Moreira, membro inesquecível da Geração de Ouro do hóquei em patins de Moçambique, deixou uma marca indelével na história do desporto português. Ao longo da sua carreira, representou Portugal em 81 ocasiões, alcançando glória nas décadas de 1950 e 1960 com a conquista de três edições do Campeonato do Mundo.
O reconhecimento de Moreira como o melhor guarda-redes do mundo na sua época é inquestionável. Ele honrou as cores da seleção portuguesa de 1957 a 1965, participando também em várias edições da Taça Latina, Taça das Nações e Campeonato da Europa, onde a sua destreza nas balizas era temida pelos adversários.
O amor de Alberto Moreira pelo hóquei em patins começou a florescer por volta de 1948, quando deu os seus primeiros passos no Sport Lisboa e Parque. A partir desse momento, ele passou a integrar com regularidade a seleção de Lourenço Marques, contribuindo para as vitórias em várias competições memoráveis, incluindo o prestigiado Torneio de Montreux em 1958.
A partida de Alberto Moreira deixa um vazio no mundo do hóquei em patins, mas o seu legado brilhante continuará a inspirar as gerações futuras a perseguirem a excelência no desporto. A memória deste icónico guarda-redes permanecerá viva na história do hóquei em patins português.
(fim)
A Federação Portuguesa de Patinagem expressou assim, em parte, o seu pesar:
Internacional por Portugal em 81 ocasiões, Alberto Moreira representou a seleção nacional nas décadas de 1950 e 1960, tendo conquistado três Campeonatos do Mundo. Alberto Moreira, que representou ainda a seleção nacional em várias edições do Campeonato da Europa, da Taça das Nações e da Taça Latina, chegou a ser considerado um dos melhores guarda-redes do mundo.
(fim)
À família de Alberto Moreira, que chegou a viver na casa em frente à em que eu vivia em Lourenço Marques durante alguns anos, apresento as condolências.
Imagem retocada.
Imagens de Paulo Leitão, retocadas.
Imagem retocada, de Paulo Leitão.
Imagem de Paulo Leitão, retocada.
Imagem retocada e colorida.
Francisco Xavier Franco Bélico de Velasco (Goa, Goa Norte, Tiswadi, Ribandar, 16 de Novembro de 1934 – Lisboa, 8 de Junho de 2020) foi um operador hidrográfico em Moçambique, topógrafo em Timor, land surveyor na África do Sul e topógrafo-hidrógrafo em Moçambique.
Foi um dos mais conhecidos jogadores de hóquei em patins do seu tempo, integrando a célebre equipa portuguesa quase toda constituída por jogadores originários de Moçambique, com a qual foi Campeão Latino em 1956 e 1957, Campeão do Mundo em 1958, Campeão da Europa em 1959 e novamente Campeão do Mundo em 1960.
fonte: aqui.
Esta é uma raríssima fotografia (a única que vi até hoje) do interior do Skating Ring e Cinematógrafo Varietá em Lourenço Marques, local onde se terão realizado os primeiros jogos de hóquei em patins em todo o território português.
Na realidade o espaço, na Rua Araújo em Lourenço Marques, era multi-usos. Quando não havia jogos de hóquei, as pessoas podiam dar voltas com os seus patins, havia festas, jantares, projectavam-se filmes e fazia-se teatro.
Dois anos depois desta foto ter sido tirada, o empresário italiano Pietro Buffa Buccellato edificou no mesmo local o Teatro Varietá.
Fico eternamente ao Paulo Azevedo, como eu um aficionado das pesquisas de Moçambique e que gentilmente a captou e a cedeu para colocação neste blogue.
E dedico esta imagem ao Campeoníssimo Francisco Velasco, mago do hóquei em patins que elevou tão alto a fasquia da excelência para gerações de atletas em todos os desportos em Moçambique.
No seu magnífico blogue, daqui, transcrevo uma nota preparada pelo Grande Francisco Velasco:
“No que se refere a Inglaterra:
Da obra de Roger Pout, The early Years of English Roller Hockey, um magnífico estudo sobre os primeiros anos da modalidade, na Inglaterra, infere-se que o primeiro desafio de hóquei em patins de rodas, ocorreu em 1885 e que, no anos seguinte, um grupo de entusiastas elaborou um conjunto de “regras de jogo” que seriam aplicadas nas partidas que pretendiam organizar. Assim, o Hóquei em Patins foi jogado pela primeira vez de forma organizada, em 1886 e estes entusiastas podem ser considerados como os pioneiros da actual Associação Amadora de Rink Hockey, formada em 1904.
No que se refere a Moçambique, transcrevo do Boletim do SNECI, de Junho de 1955, o seguinte texto:
«Causaria certamente surpresa a muitos aqui em Moçambique residentes e certamente a todos que nos lerem na Metrópole, o conhecimento de que data de há cerca de 43 anos a prática do hóquei patinado nesta Província.
Na realidade a 5 de Outubro de 1912 – vai para 43 anos – inaugurou-se na Rua do Major Araújo o Teatro Varietá que ainda ali existe em funcionamento, agora como cinema.
Decorrido pouco tempo foi ali mandado construir um rinque para a prática do hóquei, rinque que foi o primeiro a ser construído em Lourenço Marques.
Era então de “bom tom” ir passar-se a noite no rinque do “Varietá” para assistir à prática do hóquei patinado.
Foram primeiros praticantes Germâno de Magalhães o grande internacional português há pouco falecido na Metrópole, G. B. Buccellato, o conhecido comerciante e industrial felizmente ainda entre nós, seu irmão já falecido, Francisco Barreto, já falecido e um outro antigo inspector dos CTT, Piedade Barreto, António Valente, actualmente administrador aposentado residindo na Metrópole, Luís de Aguiar Barbosa, ainda entre nós como funcionário dos SMAE, H. Edwards, A. Daintree, H. Scoones e Garcia de Carvalho.
Todos estes hoquistas de há mais de quatro décadas se podem ver nesta fotografia que nos foi gentilmente cedida pelo velho colono José Correia da Veiga, um moço de espírito com quem sempre encanta falar sobre os seus temas predilectos: “Era assim antigamente” ou “Lourenço Marques há 50 anos”.
Fotografia muito gentilmente enviada por Carla Pinhal e restaurada.
Fotografia de Serafim Figueiredo (que se pode ver em baixo), gentilmente encaminhada pelo Oscar Soeiro. Obrigado a ambos.
Fotografia enviada por Óscar Soeiro, assinalando mais um encontro dos hoquistas de Moçambique em Lisboa, no dia 16 de Junho de 2012.
Para ver a fotografia em tamanho máximo, prima duas vezes na imagem com o rato do seu computador.
Faleceu em Vila do Conde no dia 2 de Março de 2012 Fernando Santos, que foi atleta no hóquei do Desportivo, pai do Jorge e da Gaby Santos, que são das minhas relações pessoais.
À família, em especial ao Jorge e à Gaby, as minhas sinceras condolências.
Em baixo, duas fotografias dos tempos de jovem de Fernando Santos no Desportivo.
Fotografia gentilmente enviada por Oscar Soeiro e restaurada.
Fotografia de Carlos Barros no grupo Naturais de Lourenço Marques.
Foto de Rui Aguilar Cerqueira no grupo dos Antigos Hoquistas de Lourenço Marques no Facebook, ligeiramente restaurada.
Foto de Rui Aguilar Cerqueira no grupo dos Antigos Hoquistas de Lourenço Marques no Facebook, ligeiramente restaurada.
Refere o Ricardo Vara num sítio: “depois de deixar o FC Porto, em 1961 (cedeu a titularidade na baliza a outro mítico guarda-redes portista, Américo), Acúrcio rumou a Moçambique para se dedicar em exclusivo (!) ao Hóquei em Patins, como Jogador-Treinador do Desportivo de Lourenço Marques. E um comentador adicionou: Saiu em 1961, após a final da Taça de Portugal (perdida, nas Antas, às «mãos» do Leixões) regressando a Moçambique e dedicando-se, em exclusivo, ao hóquei patins do Desportivo de Lourenço Marques, como Jogador-Treinador, aí tendo conquistado o título nacional de 1962/63.
Um comentário que recolhi do sítio Mundo Ok.net refere o seguinte: “Acúrsio Carrelo foi um dos melhores guarda-redes de hóquei em patins dos anos cinquenta, tendo sido peça fundamental das primeiras grandes equipas do hóquei em patins portista. Optou posteriormente por praticar futebol, no advento do profissionalismo do “desporto-rei”, mas chegou ainda a representar a selecção portuguesa de hóquei em patins.”
Um desportista e um campeão, a registar aqui.