Estas imagens vieram do blogue O Rato Cinéfilo, que pode ser visto AQUI. O seu autor refere que a sua mulher foi aluna na escola de ballet de Lubélia Stichini.
Foto muito gentilmente enviada por Guida Menezes, filha de Lorena Correa Mendes, que foi professora de música em Lourenço Marques.
O Professor Queiroz colaborou com Chonchita Breton, professora de dança em Lourenço Marques.
Foto muito gentilmente enviada por Guida Menezes, filha de Lorena Correa Mendes, que foi professora de música em Lourenço Marques.
Conchita Breton foi uma figura muito conhecida da dança em Lourenço Marques.
Foto de Anabela Afonso
Falta o nome do jovem e talvez alguém manda para meter aqui uma foto da Senhora Conchita Bretton.
Esta contribuição é uma pequena homenagem da filha de D. Lubélia Stichini, Célia Stichini Quartin, à obra construida e deixada por sua mãe, pessoa que em sacrifício da vida familiar, dedicou a sua vida à arte que a apaixonou desde criança.
O texto em seguida é da sua autoria.
Lubélia Stichini e a Sua Obra
A Escola de Dança Artística Lubélia Stichini, em Lourenço Marques, foi a primeira escola de dança fundada no Ultramar Português. Com alvará publicado no Boletim Oficial, II Série No. 7 de 15/2/1964, a escola funcionou no Prédio Rocha Martins, mais conhecido pelo prédio da Ronil, na Avenida Pinheiro Chagas No. 2221, 3º andar, em Lourenço Marques, até 1974.
A escola oferecia o ensino de: Expressão Corporal, Dança Ritmica, Ballet Clássico, Ballet Moderno, Danças Típicas e Iniciação Musical, a crianças desde a idade de 5 anos, adolescentes e adultos.
Lubélia Quartin chegou a Moçambique quando o seu marido, António Quartin, foi transferido para Lourenço Marques em 1955, para exercer as funções de Director do Aeroporto de Lourenço Marques, de que foi responsável até à sua reforma em 1972. Desde essa data que Lubélia iniciou os seus Cursos de Iniciação Coreográfica, primeiro no Ateneu Grego, depois no Clube dos Lisboetas e no Salão de Festas da Associação dos Velhos Colonos, antes de obter o alvará e o seu espaço próprio em 1964.
Em 1958, apresentou as suas Classes pela primeira vez em público num recital realizado no Teatro Manuel Rodrigues. Tal foi o êxito, que anualmente eram esperados estes Recitais, que se tornaram parte da cena artística laurentina. Além da apresentação das Classes da sua escola, Lubélia colaborava com Manuela Arraiano no Programa radiofónico quinzenal No Mundo da Dança, do Rádio Clube de Moçambique; era ainda correspondente da Revista O Ballet, conduzia os ensaios dos alunos finalistas do Liceu Salazar para o Baile do Finalista que se realizava anualmente e oferecia a apresentação das alunas para Recitais de benificiência a favor da Cruz Vermelha Portuguesa. Participou ainda nos ensaios e fez parte do júri na eleição da Miss Moçambique, que em 1966 foi Teresa Amaro, eleita também Miss Portugal em 1967.
O seu estúdio em períodos de férias escolares, acolhia bailarinos portugueses e estrangeiros em tournée, por oferecer o espaço ideal para os necessários treinos diários.
O que aconteceu a esta escola, fruto de uma vida de dedicação à arte da dança, podemos nós todos calcular. Lubélia e seu marido (já reformado) deixaram Lourenço Marques nas mesmas condições de muitos (o chamado 24/20). Seu marido, António Quartin, faleceu no Estoril em 18 de Novembro de 1994, e Lubélia faleceu igualmente no Estoril no dia 2 de Fevereiro de 2008, com 93 anos de idade.