Recorte facultado por Eduardo Horta.
Abril 4, 2024
Março 3, 2024
GLÓRIAS DO PASSADO DO GRUPO DESPORTIVO LOURENÇO MARQUES, 1973
Digitalizado e retocado a partir da revista comemorativa do 52º aniversário do GDLM, Janeiro de 1973, gentilmente cedida por Suzana Abreu Barros.
Lembro-me do Alberto Matos Santos (Águia de Cobre) quando eu era miúdo, ele fazia um part-time como porteiro do Cinema Gil Vicente ali na Avenida Dom Luis e quando eu tinha 12 anos de idade ele deixava-me entrar no cinema à noite (a pagar bilhete) para ver filmes para maiores de 17 anos (naquela altura a censura em LM era lixada, bastava duas bojardas e um biquini mais ousado e o filme era logo classificado para maiores de 17 anos). Eu esperava à porta do cinema até o filme começar e logo a seguir ele escoltava-me para um canto qualquer. Nunca ninguém reparou ou ligou. Vi grandes filmes. Vantagens de ser do Desportivo….
Fevereiro 24, 2024
OS TREINADORES DO DESPORTIVO LOURENÇO MARQUES FALAM, JANEIRO DE 1973
Retirado do boletim comemorativo do 52º aniversário do Desportivo LM, 1973, gentilmente cedido por Suzana Abreu Barros.
Entrevistados: Eurico Perdigão (natação); Jorge de Campos Marques (tiro); António Matos (atletismo); Eduardo Cruz (ténis de mesa); e Serafim Baptista (futebol).
Maio 7, 2023
PROVAS DE ATLETISMO NO ESTÁDIO PAULINO DOS SANTOS GIL EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 50
Imagens dos arquivos nacionais portugueses, retocadas.
Os atletas parecem ser todos do Desportivo, do Ferroviário e do Sporting LM. Se o Exmo. Leitor conhecer alguém, por favor envie uma nota para aqui.
Inaugurado cerca de 1950, uma direcção do Desportivo, liderada por Michel Grispos entre 2002 e 2015, vendeu o terreno por uma verba não revelada (um jornal diz que foram 5 milhões, o que me parece pouco) a não se sabe bem quem, e procedeu a gastar o dinheiro, deixando o clube outra vez completamente falido e endividado. Tudo indica que o Desportivo que foi legado em 1974 em breve deixará de existir.
O curioso é que o clube tem – tinha – o estatuto de instituição de utilidade pública. O curioso é que o terreno onde os sócios notavelmente construíram um estádio em três meses (em troca do terreno originalmente cedido em frente à sua sede) originalmente fora cedido pela Câmara Municipal de Lourenço Marques especificamente para o uso que lhe foi dado, o que sugeriria que uma direcção qualquer em princípio não poderia simplesmente pegar nesse terreno e vendê-lo. No mínimo, dado o interesse público, o terreno deveria permanecer para uso pelos sócios e o público. No mínimo, o actual município poderia invocar o direito de regresso em relação ao mesmo e impedir uma venda. No mínimo, Grispos deveria apresentar um relatório detalhado a explicar porquê, onde e como gastou os milhões que o clube recebeu durante os seus mandatos. Mas, no Novo Moçambique em que o verdadeiro ouro é um terreno no centro de Maputo, nada disso parece sequer ter sido considerado. Até agora, apesar da aparência de uma negociata e de uma situação de gestão ruinosa, rigorosamente nada transpirou do que é que sucedeu, apesar de. alegadamente, Michel Grispos ter sido interpelado para comparecer na Procuradoria Geral da Republica, explicar o que fez, como e porquê. Na imprensa, limitou-se a dizer que a escritura de venda existe e que foi tudo legal.
Agora, a julgar pelo que já aconteceu, falta vender-se os terrenos da sede e da piscina a um qualquer empreiteiro misteriosamente milionário, o dinheiro novamente desaparecer, e o Desportivo passar a ser a memória que já é daquilo que foi: um contributo nobre e notável para a qualidade de vida dos residentes da Cidade.
Um legado que custa a crer estar a acabar assim.
Setembro 26, 2022
HELENA RELVAS, ANOS 60
Imagem retocada e colorida. Ando a fazer testes de colorir e …enfim, faz-se o que se pode. Esta imagem foi copiada de um artigo excelente no Big Slam que saiu ontem.
Agosto 20, 2022
Junho 7, 2019
RENATO CALDEIRA E O DESPORTO EM MOÇAMBIQUE NOS ANOS 60
Imagem (retocada) e uma crónica lúcida e interessante, muito ligeiramente editada, da autoria do jornalista Renato Caldeira, reproduzidos com vénia d’O País, jornal publicado em Maputo, na edição de 29 de Novembro de 2018.
O Desporto nos Anos 60
O futebol nos anos 60, era uma loucura. Nos bairros, o destaque ia para a Mafalala e o Xipamanine, com tudo a culminar no “Xilunguine”. Ter acesso a um campo de futebol e poder ver estrelas como Abel Miglietti, Carlitos ou Mombaça, que tinham nível para entrar “de caras” nos chamados três grandes de Portugal, era quase um sonho.
Tinha eu 16 anos, provinciano recém-chegado de Quelimane, olhos e olhares esbugalhados perante o “néon” da Lourenço Marques de então. Comecei a jogar nos júniores do Belenenses, II divisão, que treinava no campo do Ferroviário na Baixa, às terças e quintas, das 21 às 23 horas. Jogávamos ao domingo de manhã.
Mas a minha paixão principal era pelo atletismo, em que treinava todos os fins de tarde, excepto aos sábados e domingos, em que aconteciam as provas no Parque José Cabral [hoje, dos Continuadores] perto do Hotel Polana. E ainda estudava à noite, na Escola Industrial. Uma vida bem preenchida!
Jornalismo: “paredes-meias” com as corridas e pontapés
Ano de 1966. Vivia eu o desporto, no nervo e no sangue. Naquele tempo, dificilmente um jovem praticava uma só modalidade. Eu não era excepção.
Porém, havia que dar prioridade à profissão de tipógrafo. Mesmo assim, como produto de alguma irreverência, surgiu um outro “bichinho”: escrever para o desaparecido Diário de Lourenço Marques, jornal que ficava ao lado da Sé Catedral. Fazia pequenas crónicas dos jogos das II e III divisões, mais as partidas de juniores. O “salário”? Um cartão de livre-trânsito que me permitia assistir a todas as competições desportivas. Assim, esmerava-me, era assíduo porque ao possuir um “livre-trânsito” até me considerava bem remunerado. Saía do Bairro de Chamanculo, com amigos e era o único que não tinha que aguentar filas e empurrões nos portões.
Crescer e aparecer
Entrar na Redacção do Diário de Lourenço Marques e beneficiar de uma secretária para rabiscar as minhas croniquetas sem eu ter a cor “adequada” de então, era na altura uma aventura. Uma raridade.
Recordo-me que no dia 29 de Junho de 1968, fui indigitado para cobrir um combate de boxe para o título mundial, realizado na Praça de Touros, engalanada, entre um norte-americano negro chamado Curtis Cokes e o sul-africano Willie Ludick, de raça branca, combate que veio para Lourenço Marques por causa do apartheid na vizinha África do Sul. Com o meu melhor fatinho, lá me sentei numa das cadeiras da primeira fila para reportar o autêntico massacre que o americano infligiu ao nosso vizinho, num combate que acabou no terceiro assalto. No dia seguinte, já como espectador, vivi as emoções do Portugal-Brasil na inauguração do Estádio Salazar na Machava. Foi assim que o bichinho entrou, para ficar, já lá vão 50 anos.
Um atleta mediano
O ambiente no atletismo do Sporting era excepcional. A rivalidade era face ao Desportivo e ao Ferroviário. Nos “leões”, a fraternidade entre atletas masculinos e femininos era a razão principal da minha assiduidade. Lucrécia Cumba, Abdul Ismail, António Fernandes, Magid Osman e outros, eram as estrelas treinadas por Luís Revez, técnico recentemente falecido.
Da minha parte, com marcas modestas, a paixão pela corrida proporcionava-me grande vantagem no futebol.
No desporto-rei, sem ter tido uma carreira brilhante, joguei no Belenenses dos juniores aos seniores, actuando a defesa central, de 1965 a 1969. Era considerado pendular, ao ponto de ter sido “namorado” pela Académica de Coimbra, na sua digressão por Moçambique no final da década 60.
Seguiu-se uma temporada no Ferroviário de Inhambane em 1970 e no ano seguinte no Sporting de Tete, sempre como titular e campeão nos então dois distritos.
Curta, mas apaixonada, foi a carreira deste escriba, que subalternizou o desporto, primeiro pela gráfica, abraçando, com paixão, poucos anos mais tarde o jornalismo como profissão, até aos dias de hoje.
Dezembro 31, 2018
JOSÉ FILIPE MAGALHÃES, CAMPEÃO DE ATLETISMO DE MOÇAMBIQUE: IN MEMORIAM
Imagem retocada e pintada por mim.
José Filipe Magalhães (Lourenço Marques, 16 de Janeiro de 1938- Nampula, 25 de Dezembro de 2018) foi mais um dos grandes atletas de Moçambique, na modalidade de atletismo. Os seus tempos nos 100, 200, 300 e 400 metros, conseguidos na segunda metade da década de 1960, foram recordes de Portugal na sua versão colonial e, em virtude dele ter permanecido em Moçambique após 1975, mantiveram-se como recordes nacionais daquele país, aparentemente intocados até hoje. Como tal, foi venerado e homenageado repetida e merecidamente naquela altura, tendo, pelo seu mérito e estatuto, sido a individualidade convidada para, na cerimónia da inauguração do novo estádio do Clube Ferroviário em Lourenço Marques (o seu clube) no dia 30 de Junho de 1968, percorrer o recinto do estádio com a tocha e acender a chama olímpica, perante a multidão ali presente (e não, como refere a Bola numa nota biográfica, na cerimónia da proclamação formal da Independência, ocorrida no mesmo local, a madrugada de 25 de Junho de 1975. Até porque a Frelimo daquela altura fazia questão de penalizar praticamente toda e qualquer figura que se destacou no período pré-independência, especialmente no desporto, por razões basicamente ideológicas. Enfim).
A carreira desportiva de José Magalhães foi marcante e soberbamente relatada por Victor Pinho, um seu contemporâneo e admirador, num artigo divulgado no excelente Big Slam em 20 de Maio de 2015, quando, muito tardiamente, a Universidade Eduardo Mondlane e a Escola Superior de Ciências e Desporto de Moçambique o homenagearam, então já Magalhães tinha 77 anos de idade e vivia em Nampula doente e praticamente na miséria, penso que com uma insignificante reforma dos Caminhos de Ferro de Moçambique. Na mesma altura, de Portugal, Victor Pinho, oportuna e generosamente, liderou uma pequena campanha de solidariedade em que um distinto grupo de pessoas, penso que quase todas antigos residentes de Moçambique a viverem em Portugal, reuniu cerca de 1800 euros, que na altura foram entregues ao antigo campeão de atletismo de Moçambique.
Por essa altura, numa iniciativa do governo de Moçambique, Magalhães foi indicado como uma das três maiores figuras do desporto moçambicano do Século XX, juntamente com a incontornável Maria de Lurdes Mutola e Cândido Coelho.
José Magalhães faleceu em Nampula no dia de Natal de 2018, com 80 anos de idade.
Novembro 7, 2018
Maio 8, 2012
MANUELA ALVES, ATLETA DO DESPORTIVO LOURENÇO MARQUES, ANOS 1970
Fotografia da Colecção de Jorge Henriques Borges.
Janeiro 9, 2012
ANTÓNIO DE SOUSA NEVES, FERNANDO E MÁRIO LAGE E JOSÉ MANUEL MADEIRA LEITÃO, ATLETISMO, 1947
Foto gentilmente cedida por António de Sousa Mendes e Pierre Yves Jeanrenaud, respectivamente filho e neto do Dr. Sousa Neves, presidente do GDLM em 1948-49.
António de Sousa Mendes comentou: “a nossa era uma equipa invencível. Nos torneios, nós costumávamos assegurar pelo menos as três primeiras posições. No primeiro ano eu venci os 83 metros barreiras e a seguir passei para a categoria de séniores. Na final dos 110 metros barreiras, na última barreira eu estava à frente dos meus concorrentes, composto pelos melhores corredores da cidade. Eu estava tão delirante e surpreendido que…tropecei na barreira. É a vida. Mas ganhei no salto em altura e na estafeta 4×100 metros.”
Janeiro 7, 2012
ANTÓNIO SALDANHA DE SOUSA NEVES, ATLETA DO DESPORTIVO, 1949
Fotografia gentilmente cedida por António Saldanha de Sousa Neves via o seu sobrinho e meu amigo Pierre Jeanrenaud.
O seu pai foi Presidente do Desportivo LM em 1948-49, quando foi construída a piscina do Clube.
Praticou atletismo por isso esta inserção estrá indexada no atletismo.
A piscina do Desportivo foi inaugurada no dia 34 de Julho de 1949. Foi paga com contribuições dos sócios do Clube e pela sua Rifa.
Dezembro 14, 2011
ATLETAS DO BASQUET E DO ATLETISMO DO SPORTING DE LOURENÇO MARQUES, ANOS 1960
Foto de Francisco Freitas.
Outubro 22, 2011
LUIS OLIVEIRA NO ATLETISMO EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 70
Foto gentilmente enviada por Luis Oliveira, que, entre outros, jogou basquet na Académica e no Desportivo LM.
LUIS OLIVEIRA NO ATLETISMO DA ACADÉMICA, ANOS 70
Foto gentilmente enviada por Luis Oliveira, que, entre outros, jogou basquet na Académica e no Desportivo LM.
Outubro 5, 2011
ARNALDO LEAL, JOSÉ CARLOS MORAIS RODRIGUES, FERNANDO CAPELA E J.PAIVA HENRIQUES EM NAMPULA, 1970
Esta fotografia foi muito gentilmente enviada pelo grande José Carlos Morais Rodrigues.
Maio 20, 2011
MARIA DE LURDES MUTOLA
Um gigante do desporto moçambicano de todos os tempos. Das escolas do Desportivo de Maputo, apoiada pelo Sr. José Craveirinha, figura alta das artes moçambicanas (e lusófonas) e que, com a família, sempre foram grandes apoiantes do Desportivo.
Fevereiro 8, 2011
Janeiro 25, 2011
Janeiro 20, 2011
HERNÂNI DOMINGUES E HELENA RELVAS – DESPORTISTAS DO ANO EM 1971
Imensamente grato ao Hernâni Domingues pelo envio das fotos em baixo e da ajuda com nomes e datas, ajuda sem a qual esta casa estava perdida.
O Hernâni Jogou futebol no Sporting Clube de L.M. de 1970 a 1973.
O meu irmão Mesquita também jogou uma época com ele em 1972/1973.
O meu pai foi seu treinador em 1970, ou na selecção de L.M. ou na selecção de Moçambique.
A Helena Relvas era a estrela do atletismo no Desportivo e em Moçambique.
Para ver as fotos ainda maiores do que já estão, prima nelas duas vezes….
Janeiro 14, 2011
Outubro 10, 2010
ARNALDO OLIVEIRA E COLEGAS, ANOS 40
Foto gentilmente enviada por Isabella Oliveira.
JOSÉ GRANADA, CARLOS CERQUEIRA AFONSO E ARNALDO GAMA OLIVEIRA, ANOS 40
Foto gentilmente enviada por Isabella Oliveira, filha de Arnaldo Gama Oliveira e neta de Álvaro Ângelo Oliveira.
Os três eram atletas do Desportivo.
Setembro 28, 2010
TRÊS GERAÇÕES DO DESPORTIVO: ÁLVARO, ARNALDO E ISABELLA OLIVEIRA
Fotos e texto enviadas por Isabela Oliveira, texto com martelada ABM…
Aqui, faz-se referência a três gerações de alvi-negros: a do avô fundador do clube, Álvaro A. Oliveira (sócio nº 36), que ainda jogou futebol no seu querido GDLM; o do pai Arnaldo da Gama Oliveira, o atleta da foto acima e das duas fotos imediatamente abaixo, e a dela, Isabella Oliveira, que vestiu a camisola Nº 11 na equipa de juniores de basket, em 1973/74.
A Isabella escreveu e publicou ainda um livro com teor biográfico (creio pois ainda não li): M&U – que acho que significa “Memória e Utopia”.
As Fotos
Pela pinta do jovem, estaremos no final dos anos 1940, já que só em 1950 deixou de ser ‘teenager’. Vejam o pai Arnaldo, então cabeludo como já não o conheceu a filha, no alvi-negro ‘team’ da estafeta 4×4. Ele era, realmente, um atleta que ia a todas, vejam como ele salta – sob o olhar do colonial vigilante, num estádio que ainda não é o Paulino dos Santos Gil* (GDLM), só viria a ser inaugurado no ano em que a filha Isabella nasceu. Mas o lugar é o mesmo, já que as barreiras da capital moçambicana constam do cenário.
Ah, e para além de atletismo, onde era bom nos 100 e 200 metros, jogou também futebol no GDLM. Para mais, contam os (hoje) velhotes que privaram com ele que era tão bom a correr como a tocar piano (então era o tempo dos bailes e do swing), sendo por isso figura popular na cidade.
Grande avô, grande pai, grande Isabella.
E grande Desportivo!
Setembro 13, 2010
LUCRÉCIA CUMBA – A ESTRELA DO ATLETISMO
Duas fotos para recordar a grande atleta Lucrécia Cumba.
O Rogério Carreira tem mais fotos e recortes aqui.