Este texto é da autoria do Sr. Professor Rui Baptista.
Recorte de um jornal de Lourenço Marques, 1961, da autoria de Sertório da Silveira.
Tem o nosso bom amigo Tomané desenvolvido, no “Delagoabay”, uma obra digna do maior louvor na divulgação do desporto moçambicano que dá razão plena ao dizer popular de que “recordar é viver duas vezes”.
Ora, no relicário das nossas recordações, ou seja daqueles que vivemos essas páginas gloriosas como destacados ou simples praticantes das muitas suas modalidades desportivas, ou apenas como seus espectadores devotados, julgo (ou melhor, tenho a certeza!) que cumpre dar o devido destaque ao papel de uma certa imprensa moçambicana na sua divulgação.
Assim, em nome de uma necessária, ainda que mesmo tardia, justiça, seja-me permitido dar realce ao papel desempenhado pelo jornalista Viriato da Silveira em notícias sobre modalidades fora do âmbito do chamado desporto-rei. Reporto-me, essencialmente, aos artigos sobre a natação que são um reportório histórico valioso sobre os feitos de atletas moçambicanos que pulverizaram recordes nacionais da modalidade perante o olhar atónito de quem dizia que os recordes obtidos em águas moçambicanas se ficavam a dever a fugir dos tubarões que as infestavam! E isto para já não falar das suas participações nos Jogos Olímpicos (mas desse facto, melhor nos elucidará o técnico Eurico Perdigão e o nadador Tomané que neles participaram). Eu apenas posso testemunhar o êxito alcançado nos Campeonatos Nacionais de Natação (Metrópole, 1958) por ter sido o responsável pela respectiva preparação física (com pesos e halteres, um verdadeiro escândalo para a época!) e chefe da respectiva embaixada em representação do Conselho Provincial de Educação Física moçambicano.
Mas, para além do Desporto, foi, também, Viriato da Silveira um espírito sempre atento aos aspectos doutrinários da Educação Física e do seu importantes papel no desenvolvimento integral dos jovens escolares. A prová-lo, a longa entrevista que me fez, passado que é meio século e quatro anos depois de eu ter chegado a Lourenço Marques. Pela sua extensão, que ocupou três páginas de jornal, reproduzo acima, apenas, a fotografia da 1ª página (do Diário de Lourenço Marques, 22/02/1961).
THE DELAGOA BAY COMPANY 
“Tem o nosso bom amigo Tomané desenvolvido, no “Delagoabay”, uma obra digna do maior louvor na divulgação do desporto moçambicano que dá razão plena ao dizer popular de que “recordar é viver duas vezes”.
Ora, no relicário das nossas recordações, ou seja daqueles que vivemos essas páginas gloriosas como destacados ou simples praticantes das muitas suas modalidades desportivas, ou apenas como seus espectadores devotados, julgo (ou melhor, tenho a certeza!) que cumpre dar o devido destaque ao papel de uma certa imprensa moçambicana na sua divulgação.” Sr. Professor Rui Baptista.
CITO o Sr. Prof. Rui Baptista sobre o trabalho do Tomané e o seu blogue DELAGOABAY. Finalmente um blogue íntegro, sem “agendas”, constante, e verdadeiro. Bem-hajas Tomané, é certamente o mínimo que podemos dizer. O meu agradecimeno, um forte abraço e beijo,
Irene Grilo
Comentar por Irene Grilo — Dezembro 29, 2011 @ 2:09 pm
Irene, h uma agenda – mais ou menos: retratar o mais e melhor possvel o que foi e tem sido o desporto em Moambique.
Comentar por Antonio Botelho de Melo — Dezembro 29, 2011 @ 2:25 pm
Tomané, escrevi “agenda” entre-aspas, em tom irónico, óbviamente. Existem blogues que eu considero terem “agendas” dado serem clubistas ou políticos e como tal, imparciais. A isso eu chamo terem uma “agenda”. O que eu encontro no Delagoabay não é isso. É um blogue que retrata o mais e melhor possível o desporto em Moçambique, seja ele que desporto for, e que clube for.
Comentar por Irene Grilo — Janeiro 1, 2012 @ 11:35 pm
Um reparo sobre a entrevista do meu irmão, Sertório da Silveira (jornalista do Diário), ao dr. Rui baptista. Como somos irmãos e com nomes “históricos” de fácil confusão – do Viriato pelo Sertório – que muitos amigos, ainda hoje trocam. Eu, sempre estive ligado ao Desporto, às Artes e à Pedagogia.
Quanto ao “Delagoabay”, força e continuação, coragem e sangue frio, honestidade e imparcialidade, pois é um trabalho histórico, já com história, que fica para a história e todos temos de o dignificar. Abração.
Viriato
Comentar por Viriato da Silveira — Dezembro 30, 2011 @ 11:35 pm
Meu Caro Viriato: Eu próprio tenho que me concentar, não poucas vezes, para não confundir os vossos nomes. Com um abraço amigo, votos de um Bom Ano. Rui Baptista
Comentar por Rui Baptista — Dezembro 30, 2011 @ 11:43 pm
Meu Caro Viriato: Bem eu conheço (e nunca é demais frisá-lo, aliás!) a sua multidisciplinar acção no campo cultural: seja ele Desporto, Artes ou Pedagogia. Tudo isto, em salutar e feliz contradição, com um falso princípio (que certos “intelectuais, desde tempos de antanho) pretendem transformado em axioma, como se (buscando exemplo em Ramalho, um litertato que, segundo ele próprio, nasceu para Hércules de Feira e defendeu a prática gimnodesportiva até à exaustão) a inteligência estivesse na razão inversa dos músculos…O seu exemplo, demonstra que os músculos convivem bem com manifestações culturais, sejam elas quais forem e são demonstração de um combate sem tréguas a uma cultura amputada. A uma falsa cultura! Um abraço com os votos de que o Novo Ano ilumine certas mentalidades vítimas de um secular dualismo cartesiano.
Rui Baptista
Comentar por Rui Baptista — Janeiro 7, 2012 @ 2:03 pm